Nemesis - O devorador estelar

M E T A N O E IN

NÊMESIS | O DEVORADOR ESTELAR

PERDIDOS DO ESPAÇO

...Após sermos lançados ao imenso e vago universo por Ariel, o leão de Deus, nos vimos totalmente desamparados, sozinhos e abandonados. O único sustendo que tínhamos era uma forte e calorosa sensação que vinha do coração, A MENSAGEM DOURADA, obra de Ariel antes de nos enviar ao desconhecido.

O local que estávamos parecia-se com um cemitério de asteroides, todos vagando e flutuando sobre o lençol do nada, a iluminação dessa região do universo era escassa, não se podia enxergar muito. Quando me dei conta, vi que de meu peito, mais precisamente na região do coração, brilhava uma silhueta dourada parecida com uma folha de árvore tropical. Aos poucos fui conseguindo avistar a posição dos meus outros nove irmãos carnivores, distantes, mas perceptíveis graças ao brilho da silhueta no peito de cada um.

A DECISÃO DOS DEZ

Podíamos mergulhar na imensidão do universo, como se voássemos como águias, logo nos reunimos, assim como eu, meus irmãos sentiam os ecos da Mensagem Dourada de Ariel de dentro do espírito, estávamos em um período como disse o alado “de aprendizado sobre a existência de todas as coisas, das percepções do infinito e do além”. A mensagem ainda parecia como que um código e ainda não tínhamos o desvendar desse segredo. Mas juramos seguir a mensagem daquele que resolveu nos dar uma nova opção de vida.

O SURGIMENTO DA GRANDE ESFERA DE LIMBO

Vagando sem rumo, porém determinados a descobrir sobre o tudo e o nada, avistamos a distante uma gigantesca esfera negra, parecida com um planeta, emanava uma forte energia obscura, mas ao mesmo tempo nos atraia de uma forma inexplicável. Resolvemos investigar o lugar, chegando cada vez mais perto, com cautela, o receio e o silêncio logo deram cenário a um som totalmente desigual, um eco que emanava um rugido estranho e que ressaltava o sentimento de mistério.
Avançando cada vez mais no território desconhecido, pudemos agora avistar ao redor de toda esfera gigantes espinhos que se pareciam com as montanhas da Terra, eles levemente vibravam uma cor roxa e eram os responsáveis pelo barulho que ouvíamos. Bem no centro da Esfera, notamos uma enorme marca no solo, um símbolo angélico, na língua celestial, fomos mais perto para investigar, o que lemos foi uma mensagem que dizia: “O projeto da criação agora pode reinar, graças a grande vitória do Altíssimo e seus primeiros”.
A mensagem não fazia sentido para nenhum de nós, mas estávamos curiosos para entender o que significava. De repente, ouvimos o som de batidas de um coração, as vibrações da esfera e o eco se tornaram mais fortes, por debaixo das escritas angélicas, segundo o ritmo da batida uma luz roxa começou a criar vida. Senti um sentimento de desespero inexplicável, como se soubesse que estávamos em perigo e que havíamos entrado em um local proibido, um de nossos irmãos resolveu se aproximar dessa luz, dotado do dom da sensibilidade, ele era o mais qualificado entre os carnivores a investigar o desconhecido, quando ele chegou a poucos metros de distância da escrita, ele parou e paralisado disse: “-Meus queridos irmãos, acho que entendi o que é essa esfera e no que nos deparamos, isso é um ovo, uma espécie de recipiente que guarda algo dentro, uma forma de vida, e ela assim como eu, tem um dom de ser sensível as coisas, porém muito mais evoluída do que eu, acho que estamos acordando essa coisa”. A expressão de nosso irmão era séria e ao mesmo tempo preocupada, sentimos num instante de que se aquilo que estava selado se libertasse, todos nós poderíamos morrer.
Retrocedendo vagarosamente, nosso irmão veio ao nosso encontro, precisávamos sair dali o quanto antes. Mas era tarde. Da luz que vibrava surgiram a abertura de dois olhos, dois imensos olhos, que exalavam uma sensação de despertar ansioso, estávamos paralisados com a situação, em seguida, um forte rugido, monstruosamente maléfico e diferente de qualquer coisa já vista. Começamos a fugir da esfera em extrema velocidade, a esfera começou a se moldar dando forma a um ser que não tinha silhueta conhecida.

O DESPERTAR DO NÊMESIS

A silhueta recém formada nos perseguia com rugidos grotescos que vibravam dentro do nosso espírito trazendo medo e angústia infinita, estávamos totalmente intimidados, o que nos fazia perder a velocidade, a criatura que agora mais materializada lembrava um imenso touro, repleto de chifres e com asas demoníacas se investia para nos devorar. Vendo que não iríamos sobreviver, como que em um ato heroico, um de nossos irmãos parou a fuga e se voltou face a face com a besta, conhecido como o irmão do dom da segurança, evocou de suas mãos um arco dourado que logo se transformou em um imenso escudo de luz, gritou: “-Meus amados, que a minha ida ao mundo dos mortos não abale a fé da irmandade dos carnivores, sei que não sobreviverei, mas irei atrasar o caçador que nos rodeio com olhos famintos a fim de que vocês possam escapar, como previsto por Ariel, nem todos sairiam vivos dessa épica aventura. Cumpram a lei do que está por vir”. Do escudo uma forte luz refletiu nos olhos da besta que a parou por instantes, se sacrificando o décimo irmão brilhou até não mais existir, dando origem a um portal que nos abocanhou levando-nos para o desconhecido.

A IRMANDADE DOS CARNIVORES

Estávamos desacordados, quando nos demos conta, estávamos em um local semelhante a uma costa litorânea, e o que víamos era a imensidão de um oceano, nossos irmãos estavam tristes pela perda do décimo irmão, sabíamos que o nosso caminho apenas estava começando. Em um rochedo próximo a nós vimos mais escritas celestiais e um símbolo que parecida marcar o desenho da grande besta que nos perseguiu, a escrita dizia: “Honrada seja a grande e poderosa força do nosso REI, o Devorador Estelar foi detido, selado em uma esfera no universo primordial, onde nenhum espírito possa vir acordá-lo. Agora devemos partir em busca da vitória contra os outros três guardiões da ANTIGA TREVA, sejam eles, LEVIATÃ, BEHEMOT e ZIZ”.

Continua...

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